quinta-feira, 30 de novembro de 2006

DE FETO


Aperta.
Além da oferta.
Tá perto.
Um porto.
Um parto.
Mais outro quarto.
A parte.
Aperte.
Aponte outro fato.
Infarta.

DE FATO

O fraco.
A alma em caco.
O soco.
Pra alma.
É pouco.
Pro louco.
Pra calma é feto.
É fato.
Que fito.
Que fodo.


DIÁLOGO DE SÁBADO A TARDE





Trecho extraído de uma conversa virtual entre rogério (Rogério Saraiva) e CHIEN DE RUE...(GNZ) sobre o artigo Psicodelia Nordestina, escrito por Rogério. Segue o texto:



-rogério diz: nao terminei ainda, mas vai quatro partes aí pra vc, saindo do forno
-rogérip diz: Psicodelia Nordestina
-rogério diz: Quando vale uma arte? Essa talvez seja uma das grandes perguntas impertinentes a cabeça de um ser pensante do séc. XXI. Nos deparamos com o lixo estagnado entre veias e avenidas, um momento oportuno para se refletir sobre tantos Van Goghs esquecidos. Nesse momento mesmo pode haver um debaixo de qualquer marquiz a se esconder da chuva.
-rogério diz: A psicodelia nordestina, o movimento hippie, a neurose punk, são resultados dessa hemorragia político-social de contra cultura em suas determinadas épocas e regiões. Distorcendo o caráter pré-julgado pela sociedade da primeira citação desse parágrafo constatamos a arte libertária, um verdadeiro “mingau de couve” do substantivo e do verbo, se é que eles existam nesse fenômeno nada paramentado depois da transformação histórica ocorrida nas formas de linguagem, musical, cinematográfica, nas plásticas, enfim, ao ser.
-rogério diz: O que se observa nos artistas nordestinos é a derrubada da personificação de culturas, do chão ao urubu no céu, do mangue ao caranguejo, da seca a cheia, do padre a Lampião.
-CHIEN DE RUE... diz: cara, entendi não
-rogério diz: hehe
-CHIEN DE RUE... diz: até saquei mais ou menos, mas qual o gancho que amarra o título à conclusão?
-rogério diz: O que se observa nos artistas nordestinos é a derrubada da personificação de culturas, do chão ao urubu no céu, do mangue ao caranguejo, da seca a cheia, do padre a Lampião. Ao que se percebe, nós brasileiros, Van Goghs de cabeça chata, somos os destrutores da ópera; somos as cantigas de Gonzaguinha, as poesias de Pixiguinha, a Umbanda do Cordel, o feijão tropeiro da vóvó.
-CHIEN DE RUE... diz: quer fazer um paralelo entre a arte européia isolada, independente ainda q reflexo do social, e a absorção direta da própria citação em si enquanto arte como manifestação do popular?
-rogério diz: a desconstrução. destruir esse paralelo. passei para uma garota aqui e ela me falou justamente em paralelo
-rogério diz: nao. destruir paralelos
-CHIEN DE RUE... diz: porém a "derrubada DA PERSONIFICAÇÃO de culturas" seria a quebra da nacionalidade evidenciada pela rotina corriqueira do banal e sagrado simulacro q retrata sua própria essência. a quebra dos valores seriam de dentro pra fora
-CHIEN DE RUE... diz: mas pq a ligação com Van Gogh?
-rogério diz: vc nao sabe a historia de van gogh?
-CHIEN DE RUE... diz: pode ter coisas que não. eheheheheh
-rogério diz: é isso msm q vc esta pensando. q fala ate no basquiat traços de uma vidano inicio do filme. isso é espécie de chamativa. do canto ao suspiro
-CHIEN DE RUE... diz: Maldito. Sim. Porém não fazia uso latente dos elementos culturais enquanto expressionista, diferente de nosso nordeste que ainda que tente não foge de sua raiz sobrevivente de um árido porém rico solo cultural. Acho q está ligado diretamente ao tropicalismo à pop arte regional brasileira, mesmo que pareça improvável o título à obra
-rogério diz: acho q não. ele foge de paramentos conceituais. vai alem do tropicalismo
-CHIEN DE RUE... diz: artesanato?
-rogério diz: sua importância artística. transcendi
-rogério diz: gosta de Alceu Valença?
-CHIEN DE RUE... diz: qual seria a importância? melhor, de q arte falamos?
-rogério diz: nao estou falando só de artesanato
-CHIEN DE RUE... diz: respeito o trabalho enquanto compositor, mas não me apetece por completo
-CHIEN DE RUE... diz: eu sei. nem eu
-rogério diz: vc irá conhecer uma maravilha. vc entenderá o pq da psicodelia nordestina. só estou baixando um álbum aqui, na hora q acabar lhe envio
-CHIEN DE RUE... diz: aliás, nem tava falando de artesanato, mas vc desligou a questão conceitual o que a meu ver limitavam as obras ao artesanato
-rogério diz: em q parte eu desliguei?
-CHIEN DE RUE... diz: nem é preciso ir tão à fundo na história da música, tendo por base o mangue beat de Chico
-CHIEN DE RUE... diz: "ele foge de paramentos conceituais"
-rogério diz: isso não é desligar e sim ligar. bom, mas vc entende mais de arte q eu
-CHIEN DE RUE... diz: é interessante a dissertação sobre o psicodelismo nordestino, mas não consegui ver a ligação direta com Van Gogh e não vi aonde ela se desmembra de seu lado da personificação cultural
-CHIEN DE RUE... diz: não sei se entendo mais de arte não
-rogério diz: ah sim. entendi sua dúvida
-CHIEN DE RUE... diz:
estamos debantendo o conteúdo de sua afirmação, e é claro, amistosamente, hehehehehe
-rogério diz: vc esta falando pq eu uso no inicio van Gogh e quanto vale uma arte
-CHIEN DE RUE... diz: é, está meio desligado os pensamentos... são argumentos fortes que talvez até façam sentido, porém o texto não estabelece um paralelo claro ao relatar suas idéias
-rogério diz: entendi, talvez eu tenha q incrementar algo, mas ideia é de buscar o nordeste na rua, até msm na Europa, mas nao gosto da palavra paralelo
-CHIEN DE RUE... diz: é um ótimo argumento a ser trabalhado. desejo-lhe sorte na busca

quarta-feira, 29 de novembro de 2006

TECLA SAP


Música: If I Was President
Artista: Wyclef Jean
If I was president
I´d get elected on Friday
Assassinated on Saturday
Buried on Sunday
If I was President
If I was President.
An old man told me.
Instead of spending billions on the war
We can use some of that money In the Ghetto
I know some so poor
When it rains, that's when they shower
Screaming?
Fight the power?
That's when the vault should devour

If I was president
I'd get elected on Friday
Assassinated on Saturday
Buried on Sunday
If I was president
If I was president
But the radio won´t play this
They call it rebel music
How can you refuse it
Children of Moses
If I was president
I'd get elected on Friday
Assassinated on Saturday
Buried on Sunday
If I was president
If I was president

Tell the children the truth, the truth
Christopher Columbus didn´t discover America
Tell them the truth, the truth, yeah!
Tell them about Marcus Garvey
Tell the children the truth, yeah, the truth
Tell them about Martin Luther King
Tell them the truth, the truth
Tell the about Che Heskey
If I was president
If I was president
Elected on Friday
Assassinated on Saturday
Buried on Sunday
____________
Se eu fosse presidente
Seria eleito na sexta-feira
Assassinado no sábado
Enterrado no domingo
Se eu fosse presidente
Se eu fosse presidente
Um velho homem disse-me
Ao invés vez dos bilhões de despesas de guerra
Nós podemos usar algum desse dinheiro no Ghetto
Conheço algo assim tão pobre
Quando chove, é quando eles são regados
Gritar? Lutar pelo poder?
É quando o cofre deve ser arrebentado

Se eu for presidente
Seria eleito na sexta-feira
Assassinado no sábado
Enterrado no domingo
Se eu fosse presidente
Se eu fosse presidente
Mas o rádio não quer este jogo?
Chamam-no de música rebelde
Como pode você recusar as Crianças de Moisés

Se eu fosse presidente
Seria eleito na sexta-feira
Assassinado no sábado
Enterrado no domingo
Se eu fosse presidente
Se eu fosse presidente
Dizer às crianças a verdade, a verdade
Cristóvão Colombo não descobriu a América
Dizer-lhes a verdade, a verdade, yeah!
Dizer-lhes sobre Marcus Garvey
Dizer às crianças a verdade, yeah, a verdade
Dizer-hes dizer sobre Martin Luther King
Dizer-lhes a verdade, a verdade
Dizer-lhes sobre Che Heskey
Se eu fosse presidente
Se eu fosse presidente
Eleito na sexta-feira
Assassinado no sábado
Enterrado no domingo

terça-feira, 28 de novembro de 2006

DICAS DO VELHO SOFÁ


Como o próprio nome sugere, o quadro consiste em eleger filmes (sejam eles documentários, longa metragens, curtas, musicais, ou até mesmo cinema de animação) com a intenção dissertativa de seu conteúdo para a análise posterior de sua assistência. Como cinéfilo assíduo, atrevo-me a exercer meu leigo direito crítico de opinião, uma vez que me torno despretensiosamente o mediador entre a obra e o caro leitor. A escolha para a abertura do quadro foi de difícil conclusão ainda que desprovida de dúvida quanto à contagem dos votos.
O filme selecionado foi O Sétimo Selo, do aclamado e polêmico diretor Ingmar Bergman. Representante de peso do cinema transcendental dos clássicos anos 50 (além de importante nome entre os geniais cinemas de autoria) o sueco diretor assina obras como Morangos Silvestres, O Ovo da Serpente e Persona. Em 1956 Bergman lança o que viria a ser referência cinematográfica à todo o mundo, O Sétimo Selo (Det Sjunde Inseglet). Como característica eminente em todos os suas trabalhos, Bergman aborda temas intrínsecos à existência humana como a morte, o desejo e a religiosidade. Revela com O Sétimo Selo uma alegoria sobre a busca infinita por um sentido mediante aos caos instaurado na Europa do século XIII, devastada pela Peste Negra. Ao retornar das cruzadas, o cavaleiro Antonius Block (personagem interpretado pelo ator Max Von Sydow) encontra devastada pela peste sua aldeia. Nisso se depara com a morte que veio então leva-lo. Block recusa o convite sem antes o entendimento sobre o sentido da vida. Propõe à inesperada aparição uma partida de xadrez, na tentativa de burlar a única certeza que o habita. Vence a partida, porém é seguido pela morte ao vagar pelo ambiente medieval da Suécia do século XIII. Nesse trajeto Block descobre os aspectos mais repugnantes do dogma religioso, como a inquisição que valida a prática da tortura e o espectro fúnebre da morte que segue se alimentando da fraqueza ignorante do ser humano e o próprio questionamento sobre a existência de Deus. . O filme esbanja conteúdo pagão ao propor o confronto direto à filosofia racional e a religião. 96 minutos de uma belíssima alegoria cinzenta ao capítulo 8 do Livro das Revelações, O Apocalipse.

DIÁLOGO DE SÁBADO A TARDE


Trecho de uma conversa um tanto quanto surreal entre luiz(Loise) e CHIEN DE RUE(Gnz) nessa madrugada de terça-feira chuvosa. Segue o texo:
-luiz diz: Que se foda a gramática, que se foda o lirismo, que se foda a rebusca. Que se fodam as flores, que se fodam os nerds, que se fodam os poetas. Que se fodam as cores, que se foda a estética, que se foda. São todos ridículos, são todos banais. Palavras bonitas são apenas bonitas quando não dizem nada. Pessoas são não-pessoas se não sabem o que dizem. Jogam palavras ao vento, desperdiçam sentimentos.
-luiz diz: Pois isso aqui então é um não-texto, e você acabou de ler nada, escrito por alguém que não existe.
-CHIEN DE RUE... diz: Foda mal dada. O nada. A cada oposta guinada.
-CHIEN DE RUE... diz: Assim como não escrevo o que leio quando recíproco ao argumento instantâneo.
-CHIEN DE RUE... diz: A consciência é literária ainda que o sentimento não.
-CHIEN DE RUE... diz: Nomes aos bois.
-luiz diz: os bois não têm nome, simplesmente. são coisas e perigam estar vazios de significado. já a consciência literária é perigosa, assim como sei que sabe. angustia, aflige e pode até matar. deveria vir com advertência do ministério da saúde na embalagem. e o argumento instantâneo foi certeiro: é exatamente disso que se trata: uma foda mal dada, uma aposta não acertada.
-CHIEN DE RUE... diz: Bois são coisas.
-luiz diz: são
-CHIEN DE RUE... diz: Assim como a palavra que mata. A mata que se lavra. Em pá.
-luiz diz: exatamente, mas podem ser não-coisas, dependendo de pontos de vista. da vista do poeta que não sabe escrever, do leitor que não sabe ler, da vaca que não sabe dar, nem leite e nem cú, do bezerro que não sabe mamar. das pessoas que não sabem amar.
-luiz diz: não-pessoas e não-coisas: não-bois
-CHIEN DE RUE... diz: mas a embalagem do devaneio lírico não vem lacrada. não sendo cabível então à ela um rótulo qualquer que seja ainda que munido de um manual de instrução salvo a gramática mediante ao desaforo da licença poética pertinente em diálogos pré concebidos. A negação prepotente de sua retórica me fez crer que a má interpretação de seus próprios antecedentes o transforma em um simulacro de si mesmo ao confrontar sua fobia interna
-luiz diz: devaneios líricos são espontâneos, o que acredito ser sincero e legítimo. mas se a negação da retórica foi prepotente que transformam e fazem surgir um simulacro de si mesmo, por mais que tenha título de rótulo de embalagem de tarja preta sem bula, me parece algo cretino. mas já nem sei mais, pois nunca soube mesmo e nem faz mais sentido nenhum, me perdi no labirinto das palavras do homem boné
-CHIEN DE RUE... diz: acontece que a negação partiu de sua pessoa hehehehehe
-luiz diz: o primeiro não-pessoa da história, desde que sampleou as idéias de outro não pessoa
-luiz diz: partiu mesmo. partiu e acabou nela
-CHIEN DE RUE... diz: e de minha parte, o devaneio não se faz prepotente, pois admito que tudo aquilo sobre o qual disserto não é verdadeiro podendo também não ser falso
-luiz diz: admito isso também, apenas nao tinha dito antes
-luiz diz: admito muito e repito, se for preciso
-luiz diz: já repetindo
-CHIEN DE RUE... diz: Plágio de não-pessoa? Qual seria o plágio e qual seria a não pessoa? Fernando é que não foi, pois Fernando Pessoa, assim como Ronaldo Fraga....
-luiz diz: aí já não sei, apenas a sua consciência ou inconsciência ou insanidade lietrária pode dizer
-CHIEN DE RUE... diz: Não pode, assim como minhalma é muda!
-luiz diz: caralho, essa é a alma muda mais falante que eu já conheci!!!
-CHIEN DE RUE... diz: não é ela que fala
-CHIEN DE RUE... diz: é o macaco não coisa que mora dentro da minha fantasia
-luiz diz: ah! tá explicado então!!!
-luiz diz: um não-macaco falante fantasiado de homem boné conversando com um simulacro arrogante de uma fantasia mal-interpretada
-CHIEN DE RUE... diz: chegando lento à lugar algum....



(como os textos são extraídas de conversas virtuais prefiro eu manter a originalidade do seu conteúdo assim como a não correção ortográfica e gramatical do resultado)

segunda-feira, 27 de novembro de 2006

HORA DO RUSH NA PATAGÔNIA


Frio. Demais para o cinza das máquinas e de menos pro incolor cachecol que me enforca o fôlego de último trago. Em cinzas. Como o nublar do trânsito que arde andares abaixo de minha penitência.

TERCEIRO MUNDO


Que mundo é esse? Esse tal de Terceiro?E por que me considerar como integrante desse rebanho? Analisemos: O primeiro mundo, como diria Platão é o mundo das idéias. O verdadeiro.O segundo, é a cópia do primeiro. O mundo sensível. Dos 5 sentidos.Já o terceiro... Não sei bem qual seria... Mas deixando a analogia de lado, o terceiro mundo na concepção socio-política e econômica se faz pela lenta evolução industrial, pelo baixo índice do Produto Interno Bruto, pelo baixo nível de desenvolvimento na área de saúde, saneamento básico e educação, pela enorme taxa de dívida externa, pelo má destribuição de renda, pelo enorme índice de êxodo rural, pela taxa de mortalidade infantil agravante, pelo alto nível de analfabetismo, pela miséria, pela poluíção, pela própria falta de consciência política da populção, pela apatia social, pelo desemprego, pela migração constante de nossos profissionais em busca de melhores condições de emprego, pela moeda, pela vergonha que anda o governo atual, pela imunidade, pelo não cumprimento da lei, pelo turismo sexual, pela violência e por último, por ser um país que consegue conviver com isso tudo sem perder o sorriso que nos rasga o rosto ao saber que somos filhos dessa Pátria Amada...

SUSHI


Sou como um maki: Um pequenino bloco de albino arroz como alma. Somado à carne. Gélida e crua, se fazendo de corpo. Envoltos em uma tarja preta de medicamentos.

domingo, 26 de novembro de 2006

TRILHA DA MADRUGADA


álbum: Dizzy´s Party
artista: Dizzy Gillespie




Um dos maiores instrumentistas e um dos mais famosos compositores do cenário jazz norte-amenricano, Dizzy Gillespie foi um dos fundadores de maior peso do estilo Be-Bop (estilo que por volta de 1945 se opôs ao convencional estilo tocado por os jazzistas da época. Seu nome surge das onomatopéias pronunciadas pelos músicos imitando o fraseado frenético dos seus instrumentos. O be-bop ao contrário das até então comuns Big Bands que dominavam o cenário, agora se apresenta como um conjunto de menor escala, privilegiando também os solistas de grande virtuosismo. Talvez o elemento que sofreu a maior modificação dentro da revolução be-bop tenha sido o ritmo, com a proliferação de síncopas e de figuras rítmicas complexas. É flexível e nervoso o seu fraseado. Sua pegada angulosa. Cheia de saltos que exigem uma técnica instrumental muito amadurecida. As enormes sessões de improvisos ganham espaços no repertório musical.) Em 1976, Dizzy ao lado de músicos como Rodney Jones(guitar), Benjamin Franklin Brown(fender bass), Mickey Roker(drums) e Paulinho da Costa(percussion) lança álbum que viria a ser, na minha modesta opinião, o mais eclético e experimental álbum de sua carreira. Este disco traz uma mistura equilibrada de jazz com funk, passando pelo terreiro do samba indo aterrissar no cenário de discoteca que se fazia presente nas noites daquela mesma data. Mesclando ritmos e introduzindo à sonoridade outros instrumentos atípicos do jazz conservador, a alquimia harmônica do álbum é bem sucedida quando cumpre o papel experimentalista sem perder a cadência temática quanto a fuidez sonora em perfeito equilíbrio. Contra-tempos, assim como a quebra da melodia facilmente digerível, permeiam o universo denso do disco, apesar das poucas e longas faixas. Extremamente contagiante, eufórico, dançante e de extrema poética auditiva. O álbum foi produzido por Norman Granz, um pioneiro em misturar jazz com outros estilos musicais. A primeira faixa do disco: Dizzy´s Party (faixa que assina o disco) é carregada de groove, inspirada no funk norte-americano dos anos 70 e na discoteca, ela conta com uma linha de percussão afro-brasileira que preenche todo o transe dos magistrais solos de trompete. Apenas 9 minutos e 44 segundos de intenso raciocínio sonoro. A faixa seguinte: Shim Sham onh the St. Louis Blues ( 7 minutos e 5 segundos) começa com uma breve desconstunção melódica até dar início um diálogo entre a bateria, o baixo, e a guitarra miúda espirrada à dupla. Um trecho de Summer Time aparece no trompete que logo em seguida sai a passeio. A percussão assume o caráter latino do samba brasileiro em golpes munidos de ginga tupiniquim. A guitarra aparece solando ao meio, anunciando a bateria e o esboço precursivo de um beat box. A terceira e penúltima faixa leva o nome de: Harlem Samba (a menor faixa do disco com apenas 3 minutos 29 segundos). A faixa desde o início é explosiva e esbanja conteúdo percussivo. É óbvia a participação eminete do trompete em solo, porém agora contracendando com uma flauta soprada pelo músico Ray Pizzi que também assina os saxofones gravados no álbum. O baixo assim como no disco todo é bastante forte. A última música: Land Of Milk And Honey (12 minutos e 32 segundos) é a mais extensa das faixas. De groove intesno e de uma perfeita roupagem ao estilo black convencional, é onde Dizzy explora com delicadeza toda sua temática, apesar de munida de solos longes de serem ordinários. Frases pequenas e bem situadas povoam o ambiente dançante da faixa que finaliza a "festa". Um excelente disco que merece destaque na coleção de todo adorador desse estilo riquíssimo em conteúdo experimental.

DIÁLOGO DE SÁBADO A TARDE


Ainda que não tenha sido registrada numa tarde de sábado, segue um trecho da conversa escolhida para o post dessa manhã de domingo. (Diálogo De Sábado A Tarde ganha agora um espaço periódico no blog, ainda que os posts não sejam semanais e gerados numa tarde de sábado)
Trecho retirado de uma conversa virtual entre CHIEN DE RUE (GNZ) e Shit Is Deep Kid (MAHAL):

-CHIEN DE RUE... diz: E aí, curtiu a idéia da letra?
-shit is deep kid... diz: gostei sim. percebi q vc fala muito de vida e morte em suas letras né
-CHIEN DE RUE... diz: é constante a decomposição do nosso eu puritano em relação ao tempo/espaço em que estamos inseridos. A efemeridade da matéria e a eternização de nossos atos. A breve concepção do desapego em questão de nosso poucos segundos de falsa fama. Aprisionado aos 5 sentidos e às leis da física/química... hehehehe
-shit is deep kid.... diz: é real é tudo tão inconstante materialmente q o q nos impulsiona msm q involutariamente muitas vezes são os sonhos e imaginação, liberar-nos atraves da grana e da fama é só um jeito de charfundar no drama e dizer q ta tudo limpo heheh
-CHIEN DE RUE... diz: aí, só nos resta o devaneio com base no real ilusório de Platão, ao mantermos eternos enquanto ferramentas da criação de um instinto coletivo anti-autoral mas que paradoxalmente nos detêm o poder de exercer nosso direiro de inflar nossos egos... SAUDOSITAS!!!! hehehe
CHIEN DE RUE... diz: vou nessa, parceiro, uma aula chata me aguarda
shit is deep kid.... diz: vlw donnnn. boa tarde e boa disciplina

NADA

O que seria do tapa sem o rosto? De julho ou setembro se não existisse o agosto? O que seria do certo sem seu oposto? Do fraco sem seu encosto. Do traço do mundo sem antes esboço? O que seria da carne sem osso? Da massa cinzenta isenta de crânio e pescoço? O que seria da sede sem o fundo do poço?

WALY SALOMÃO



Autor: Waly Salomão
Obra: Me Segura Que Eu Vou Dar Um Troço
Ano de publicação: 1971


Filho de pai sírio e mãe baiana, Waly Salomão nasceu em Jequié, na Bahia, e nos anos 60 aproximou-se de artistas que se identificaram com o movimento tropicalista. Lançou seu primeiro livro do poemas em 1971, "Me Segura que Eu Vou Dar um Troço", com textos escritos durante uma temporada passada na prisão. Waly Salomão desmente o consenso quanto à apatia da produção cultural pós-AI-5. "Este livro pouco significa para mim se não representar uma energia propulsora, se não apontar para a superação da asfixia do quadro circense em que nós estamos balançando na própria corda bamba"diz Waly sobre a obra. O livro pode ser visto como montagem de fragmentos, quebra-cabeça de flagrantes que promove o irônico casamento entre o erudito e o bárbaro, ou como define o autor "Um realismo de la rivage". Marcando sua diferença frente à literatura marginal que então se fazia, os trabalhos de Waly pretendem claramente sua inserção (ainda que maldita) no sistema de produção cultural. Dele disse Glauber em entrevista: "Acho que Waly Salomão é a matriz da poesia baiana do tropicalismo. A poesia de Gil, Caetano, são poesias bebidas na fonte que chama Waly Salomão."

"tudo o que
eu você nós
preciso precisa precisamos
é amor"
(Trecho de um poema de Waly Salomão extraído do livro: Me Segura Que Eu Vou Dar Um Troço)

EXPERIMENTE PÃO COM DUREX

Ingredientes: 1 xícara e 1/2 (chá) de amarelo papiro. 1/2 xícara (chá) de óleo de máquina. 1 colher (sopa) de sal grosso. 500g de verde e adicione a gosto 2 a 3 mídias (qualquer uma que dê liga). 300g de contemporaneidade ralada e uma pitada de anarquismo desenfreado.
Preparo: Em uma panela de barro, coloque o amarelo papiro, o óleo de máquina e o sal grosso. Leve ao fogo alto e deixe ferver por 500 anos. Enquanto isso, coloque o verde numa tigela e despeje a mistura do amarelo ainda em fervor. Misture bem com uma colher de pau e acrescente as mídias uma a uma à contemporaneidade ralada misturando bem até obter uma massa heterogênea. Se necessário acrescente mais verde. Modele em formato oblongo a massa e coloque em uma assadeira sem untar. Leve ao forno à lenha pré-aquecido em temperatura alta e asse os pães até ficarem levemente dourados. Em seguida, corra a papelaria mais próxima e adquira um rolo de durex incolor e faça cobertura ou recheio a seu gosto.
-Sugestão: Substitua a contemporaneidade por temporariedade.
-Receita gentilmente cedida pelo renomado chef de cozinha contemporânea Um de Carvalho, embora tenha sofrida algumas poucas alterações por este que voz fala até chegar a publicação.

MAR DE MORRO

Navego eu apesar, no pesar do meu mar de morro.
Salvam-me vidas as idas, por entre as voltas me escorro.
São alvas as páginas lidas, no ventre do berro o socorro.
Navego e não nego que apego. Me cego.
Me segue que eu morro.

sábado, 25 de novembro de 2006

TRILHA DA MADRUGADA



álbum: Mama Africa
Artista: Peter Tosh

O álbum escolhido como trilha sonora para o início dessa madrugada foi o disco de 1983: MAMA AFRICA do artista jamaicano conhecido como Peter Tosh. Tosh, juntamente com Bunny Wailer e Bob Marley fundaram em 1965 o conjunto The Wailers, o que viria a consagrá-los como disseminadores da palavra de Jah com sua música revolucionária e seu caráter religioso. Década após o surgimento do conjunto de reggae politicamente mais sólido que se havia formado na Jamaica, Tosh decidi abandonar a banda por desentendimentos internos. 1975 a situção política jamaicana se agrava. A incrível dupla de instrumentistas Sly Dunbar (bateria) e Robbie Shakespeare (baixo) agora formava ao lado de Peter Tosh a banda Word Sound and Power. Vários álbuns foram lançados até o ano de 1983 quando Peter reformulou sua banda, passando a contar com o competente baterista Santa Davis e outros instrumentistas de igual calibre. Essa formação gravaria álbuns de peso como no caso do disco analisado. MAMA AFRICA. Um LP originalmente lançado em 1983 e remasterizado no ano de 2002 pela gravadora EMI, contendo então mais 3 versões diferenciadas de faixas contidas no álbum. O disco apresenta 12 faixas que seguem uma linha expressiva do começo ao final das gravações sem que se possa ter a impressão de monotonia ou homogenidade dentro do trabalho. O título do disco se faz em música de abertura Mama Africa, passando por clássicos como Glass House, Not Gonna Give It Up, Stop The Train, Maga Dog e a famosa regravação do antológico hino do Rock n´Roll: Johnny B. Good (Chuck Berry) em uma versão agora fiel e politizada aos precendentes do rastafarismo jamaicano. Tosh possui um timbre de voz impossível de ser confundido, tornando em melódicas preces todo o seu desconforto político. A faixa Not Gonna Give It Up além de ser uma maravilhosa composição é munida de um discurso político afirmando sua luta direta pela libertação de seu povo. Mama Africa na verdade é uma homenagem ao berço de toda a cultura negra espalhada pelos demais continentes. Tosh deixa claro sua devoção à cultura africana numa belíssima declarção de amor a tudo que se remete ao dígno conceito de nação. Peace Treaty indaga a quebra constante do tratados de paz assinados entre os governantes. Glass House trata a questão do julgamento de um ser humano portador de pecados por outro de semelhante fraquesa. E assim segue todo seu conteúdo munido de poesia e política, além de harmonias fantásticas que nos levam a pegar uma duradoura carona por este subversivo universo do reggae. Um ótimo álbum para os famigerados apreciadores da perfetia junção entre discursos carregados de política e poesia e a equlibrada cadência jamaicana.

ARTE DE RUA E MOEDA CORRENTE





Não vou ficar teorizando nada pois acho não acho que venha ao caso. Creio que temos, assim como a arte, de ser mais objetivos. Qual é a grande questão da arte de rua? Seria ela o ataque direto à publicidade, a negação à autoria, ou apenas uma forma de expressão artística/ideológica? Tudo bem, mas seria justo trabalharmos para a sociedade, em outro ofício ( como já somos obrigados a fazer para nos sustentar ) para também sustentarmos nosso direito expressivo ao espaço público ou até mesmo, para ofertar á cidade que nada nos oferta além de gigantes painéis publicitários, a nossa afirmação poética? É uma questão delicada mas prefiro ser realista, ao afirmar que é muito bonito na teoria, à negação ao signo monetário, mas na prática precisamos dele para a constante produção. Se esse trabalho não nos possibilita retorno financeiro teremos de trabalhar do mesmo jeito em outro ofício para poder sustentar tal atividade, ou seja: mesmo que a arte de rua não gere dinheiro, é preciso dinheiro pra se fazê-la! Isso é fato! Não creio que seja uma traição à seus princípios se for uma atividade auto-suficiente. Mas também não dou suporte à uma institucionalização do movimento, ou ter como objetivo principal da ação o lucro em questão..... Afirmo minha preferência pela arte que contenha seu caráter engajador não tão explícito. Só o próprio fato de encarar a cidade como nosso suporte, apropriando-nos do que na teoria seria de bem comum à população, uma vez que esta se diz pública, e segue o fator de que nos é proibido por lei tais interferências, concretiza esse caráter "subversivo" representando sim uma forma ideológica de postura. Sou a favor de uma forma mais poética e menos "mastigada". Acredito também no Non Sense. Porém, o cunho político não deve se afastar destes tipos de manifestações. Nunca! Quanto a isso, tem espaço urbano bastante para ambos e imagino eu estar aberto à todos que se sentirem a vontade em fazê-lo. Creio eu também que o ponto que devemos visar é até onde o dinheiro pode matar a poesia.... O dinheiro mata mas numa sociedade capitalista ele tambêm nos mantêm vivos. Triste porém real. É a selva de pedra. O dinheiro mata alguns, para outros poderem viver....Claro que não concordo com tamanha covardia, mas é uma arma que tem que, como toda arma, ser utilizada de forma racional e precisa. Transformar verba em poesia difere de transformar poesia em verba. Qual é o problema de um negócio ( sem fins lucrativos ) ser auto-suficiente? Sem fins lucrativos que quis dizer é a realização de uma trefa sem ser voltada ao lucro mas que possa, e eu disse possa vir a ser auto-suficiente e que toda renda gerada com tal empreendimento pudesse ser convertida em progressivas ações. Não sei se seria uma forma viável e acho que isso depende da intenção e interesse pessoal de cada manifestante mas não deixa de ser uma alternativa a se pensar. Uma vez que trata-se de sua exibição ser extremamente efêmera em alguns casos, o gasto com a produção se faz pesar ainda mais. Não pelo fato de que o trabalho não tenha cumprido seu papel pois mesmo que dure 30 segundos já houve uma quebra na rotina ao arrancá-lo; mas pelo fato de que cada vez mais será necessário o aumento da produção para suprir as necessidades da obra em intervenção com o espaço público e o ambiente urbano. Porém quem trabalha de graça é burro! Partamos do princípio de que tudo na vida tem seu preço, mesmo antes do signo monetário ser inserido na sociedade moderna. É claro que o artista espera algum tipo de retorno ao realizar tais atividades. Mesmo que este retorno seja apenas o cumprimento de teu objetivo como arte ou também o próprio delírio poético vivenciado no instante criativo. É importante frisar que enquanto autor de uma obra (anônimo ou não) cabe apenas a nós agregar valores à nosso produto. Seja monetário ou não. O que discordo efetivamente é o fato de ofertarmos o direito de avaliar nosso próprio trabalho às instituições de monopólio cultural e de famigerados críticos que insistem em moldar a elite, manipulando a verdade poética, a ponto de camuflar sua essência. Ao se tratar de arte de rua a discussão se agrava. SUBVERSÃO OU PROFISSÃO? Cabe a cada "reprodutor" uma escolha coerente com tuas ideologias e direcioná-la para que atenda tais espectativas. Não acho que exista uma verdade capaz de sustentar os pilares de tantas ideologias que ainda que se assemelhem em várias questões, se diferem em tantas outras. Acho que a importância maior é que continuemos com a produção e reprodução de tais interferências no cenário monótono das grandes cidades que habitamos... Seja por ideologia política/social, seja por ode ao vandalismo, seja por puro exibicionismo ou até mesmo por terrorismo poético. O que tá em jogo é nosso direito de expressão!

APICULTURA EM CULATRA


Já tentei criar uma abelha, que entrou no meu caixão. Mas restou foi ferrão.

DIÁLOGO DE SÁBADO A TARDE


Trecho retirado de uma conversa virtual entre Nicolas (Enecê) e CHIEN DE RUE (GNZ):

-Nicolas diz: acabei de ler...agora..... intendo seu lado.... mas não gosto desse rotulo underground...e acho que hj mudou bastante essa posição dele entre as midias e entre a população consumidora de boa musica.......
-CHIEN DE RUE... diz: isso é, mas o nome ainda prevalece... é mais ouvido do que o termo que não gosto Nova Escola... é um rótulo, porém é como ainda é chamado.. e traz elementos do UNDER incrustrado em todo seu processo, desde o fazer, o propagar e seu consumir
-Nicolas diz: é verdade..traz na maioria dos casos...mas acho que hj...o underground se tornou uma etiqueta, prefiro o termo alternativo, nen nova escola eu concordo muito, acho meio que arrogante...mas são opinioes......
-CHIEN DE RUE... diz: concordo contigo, mas as características que expus lá para a comparação anárquica se atribui ainda ao nosso jeito de fazer rap, e outra, nada do que escrevo é verdade, são apenas pensamentos que brotam no instantâneo e eu nem me esforço para defendê-los, hhehehehehe
-Nicolas diz: saca.....o underground aqui nasceu despretencioso sen nenhun cunho politico..e engajamento socio cultural...ele tá se tornando agora com a profisssionalizão de algusn que estavam no inicio dessa saga
-CHIEN DE RUE... diz: mas o fazer era político
-Nicolas diz: vc pega o under nacional de algusn anos atrás??/ vc não vai achar nada no conteudo que posso ser colocado como anarquico...o fazer...sim..politicamente necessario..... despretencioso do cliche
-CHIEN DE RUE... diz: a apropriação, a negação do sireito autoral, a independência comercial, a liberdade de expressão, a auto suficiência e seu baixo custo produtivo já é político
-Nicolas diz: sim.....em termos...mas tudo isso....tanbem é puramente consequencias sociais e economicas..
-CHIEN DE RUE... diz: não falavam em política ou anarquia ( anarquia antes de tudo é filosofia e não se limita apenas na política ) pq não queriam, mas lhes eram permitido
-Nicolas diz: era permitido.....mas na minha opinião...no inicio eles não tinham nenhuma intenção de ser filosoficos ou esquerdistas..anarquistas,,,,,,,não queriam se banhar no mar podre do discurso politico..que acontece com o mainstream nacional
-CHIEN DE RUE... diz: esquerda não é igual ao anarquismo
-Nicolas diz: que ....tornou o engajamento social.....un mero comercio.e cabide de empregos
-Nicolas diz: eu sei.... mas muitos podiam ser confundidos com a visão esquerdista
-CHIEN DE RUE... diz: isso desde os anos 40 pra cá
-Nicolas diz: do mesmo jeito..que outros podiam ser confundidos com os principios anarquicos.....
-CHIEN DE RUE... diz: anarquia de Bakunin era de 1800 e pouco
-Nicolas diz: mas no fundo......era puramente un prazer......necessidade de auto afirmação social....e un pouco de vaidade, mas toda regra ten sua exeção....... exeção....??rsrsrs
-CHIEN DE RUE... diz: a guerra fria q ameaçou a filosofia anárquica taxando-a como tendenciosa ao apoiar (no ponto de vista do império capitalista) o comunismo oriental
-CHIEN DE RUE... diz: Tô sem cigarro, tô fumando guimba, hehehehe
-Nicolas diz: é concordo não conheço a fundo..o movimento anarquico...nen suas tendencias..mas tenho uma base.... kkkkkkkkk pelo menso cigarro ten aqui...hahahaha
-CHIEN DE RUE... diz: Também não sou nenhum estudioso, porém me atrevi a fazer tal analogia
-Nicolas diz: kkkkkkkkkkkkkkkkk mas é assim...que temos o crescimento....cultural... cara ninguem aprende sen ler estudar questionar analizar se opor.....
-CHIEN DE RUE... diz: é, tem que pensar, registrar, postar e abrir discussões
-Nicolas diz: exatamente...........não importa o que...mas o que faça...vc ter uma aprofundação no assunto.........vc disseca-lo...pq ae ele realmente será gravado na mente..não lido como un mero romance ficticio sen pretensão...nenhuma... pq as pessoas se lenbra sempre das historiass de livros como os de tolstoi karzanov....e não as de sidney sheldom?
-CHIEN DE RUE... diz: há quem se lembre até da coleção vaga-lume e dos livors de Paulo Coelho
-Nicolas diz: kkkkkkkkkkkkkkkk pq não.....conseguem ler....outra coisa....
-CHIEN DE RUE... diz: ou pq não conseguem ler
-Nicolas diz: ae se limitam aquele discurso facil......

ONDE MORO

E é na mais pálida nuvem que descanso meus calos. Naquela nuvem, que não acompanha o rebanho. E nela, dois pingos de chuva. Um que mata minha sede. Outro que lava minhas mãos.

RAP UNDERGROUND e ANARQUIA

Como os assuntos debatidos nos 2 posts anteriores foram: a arte como prostituta e a anarquia como forma de mercado, me deparei com a questão de que na atualidade é raro se achar algum manifesto artístico que possa ser cunhado à questão filosófica do anarquismo. O rap undergroud a meu ver é o movimento que mais se assemelha ao cumprimento de tais requisitos, uma vez que parte da auto-suficiência seja no setor produtivo como no setor divulgativo do trabalho. A primeira questão a ser levada em conta é de que para se montar a melodia desejada, o produtor torna atuante o processo de apropriação de outros elementos sonoros, ignorando assim todo o burocrático processo de defesa do direito autoral. Ainda debatendo sobre a montagem da harmonia, a bricolagem não necessita de um profundo conhecimento musical ( e sim uma sensibilidade musical) dando maior importância ao domínio tecnológico como programador. A liberdade expressionista de escolha, sabendo-se que praticamente todos estilos musicais se adequam à batida eletrônica do rap. Outro ponto latente é o de que geralmente as produções são caseiras e de baixo orçamento, em alguns casos chegando a comprometer a qualidade do seu produto final. Seguindo a idéia do "faça você mesmo", as produções se vêem livres de gravadoras, selos, mídias não tão independentes como a internet (nossa maior aliada). Hoje se é possível a postagem gratuita para o artista do seu trabalho em sites da web, proporcionando a divulgação, a interação entre o artista e o público e o acesso direto ao material publicado. Não podendo esquecer também a liberdade poética contida no rap underground desde a escolha dos temas abordados ao total descarte por um tema qualquer a ser escolhido.

sexta-feira, 24 de novembro de 2006

ARTE, ETERNA MERETRIZ

A arte é uma puta!!-Quem vende arte é quem lucra com ela. Cafetão.-O sistema da arte é o caralho. Rijo. Que só fode.-A galeria é uma buceta. Aberta. Tá fodida mas tá curtindo. Tá ganhando.-Os tarados são os excêntricos colecionadores dispostos a pagar o alto preço.-O artista na verdade é o cu. Que vive no aperto, é visado, e mesmo doído só se fode no final.A crítica? Responsável pela maquilagem do orifício em oferta, pela lavagem dos lençóis e pelo controle de natalidade; a final em toda zona tem um filha da puta!!!

ANARCHY FOR SALE

A popularização da desordem ainda que contrária ao termo anarquista, proporcionou a disseminação coletiva de seus precedentes caóticos agora de baixo teor subversivo, por entre as diferentes camadas sociais. Trocando em miúdos, hoje a anarquia é um ícone pop inserido no mercado de contra-cultura. Transgredida dos velhos manuscritos anárquicos de Mikhail Bakunin, transformista ao passar por Proudhon e Kropotikin, ela atravessa o metamórfico processo poético nas palvras de Hakim Bey, dos autores beatniks, até cair no mercado exaustivo quando diretamente relacionada ao movimento punk, mesmo que literário. Basta analisar o processo a partir desse perído. A anarquia passa de uma filosofia à uma faca de dois gumes. De um estudo teórico à uma experiência contraditória quando mal atuada. A anarquia ganha além do direito de se estabelecer enquanto ícone social, como o dever de suportar uma causa enquanto símbolo de um exposto ponto de vista. Indo além de suas propriedades a anarquia ganha espaço no mercado sendo agora a principal protagonista de um consumo não confesso por parte da massa adolescente, deixando de lado o caráter maduro e filosófico como seria de sua intenção primogênita. É vendida em livros, camisetas, bottons e adesivos. É explorada em video-clipes, em músicas tocada pelas grandes rádios, por grandes selos e indústias fonográficas. É vendida como estilo de vida ainda que sua concepção atual seja utópica. É diretamente ligada ao movimento punk, hoje mais pop do que nunca, porém...
... não vou proporcionar lucros à oportunistas, que usarão da ideologia anárquica para efetuar sua demanda capitalista, e tornar comercial a anti-cultura. Trazendo para grifes, shoppings, galerias um símbolo que vai muito além de distorcidas guitarras e gritos por revolução. Não ostento meu caráter anárquico trajando uma camiseta silkada, ou discursando teorias enlatadas compradas nas lojas da quinta avenida. Não percebem que a grande jogada está nesse marketing? Não faz muito tempo, exercia eu o meu direito à estupidez quando transitava de emissora à emissora bricando com o controle remoto do televisor, quando não pude deixar de notar que em uma novela global, o protagonista trajava uma camiseta do conjunto inglês The Clash ( tido como um dos precursores do movimento punk na Inglaterra). Não seria imensa a ironia? Assim como a apropriação, não apenas do símbolo, por parte de gifes e colocadas à venda por um preço altamente lucrativo aos pequenos empresários. É válido o conceito de que tudo hoje em dia é absorvido e subvertido pelo sistema, talvez até pela falência declarada de suas doutrinas e de seus valores enquanto conceituais. O jeito seria então conformar-nos com a fúnebre idéia de que a extinção filosófica do processo anárquico seja emergente e que também seria irreversível a mutação de seus valores uma vez transgredidos?? Ou seria esse o momento exato para a afirmação pre-estabelecida de suas propriedades tornando evidente suas necessidades teóricas diferenciadas do veículo propagador mal intencionado??

PROVOCA AÇÕES


Tendo como óbiva a referência provocativa citada no post anterior, faço a breve analogia entre o projeto Provoca Ações e a intenção artística de entreterimento do programa protagonizado por Abujamra, tendo como base o provocar poético de uma reflexão paradoxal. O projeto Provoca Ações (Enebeats, Matéria Prima e GNZ) brotou do atrito direto entre o escaldante asfalto e a sola de nosso chinelos, na segunda metade do ano de 2005. O cenário da peça é o grande, porém minúsculo centro urbano cuja a vista só se faz bela, fora o nome, quando respira por entre o cinza chumbo da emergente babilônia. Assume o caráter provocativo desde a apropriação e a bricolagem de trechos de outros artistas para a construção da sonoridade(o sample), ao conteúdo indireto de seu argumento literário e sua de sua poesia pressurizada. A intenção do projeto é a homogênia mistura entre o Rítmo e a Poesia, tendo a permeabilidade coesa entre o enfoque temático e o devaneio essencial do artista em todos os seus meios de expressão. A maleabilidade argumentativa do discurso oscila na mântrica orla do grave bumbo eletrônico, quando a batida em sintéticos tambores exploram a força motriz da matéria evidenciando o estalar das caixas regidas pelo constante chimbal. É quando munida de harmonia, a seleção natural abraça a sonoridade em samples, vinhetas e é claro, em provocações...
LINK PROVISÓRIO PARA FREE DOWNLOAD DAS MÚSICAS DO PROJETO:
www.myspace.com/gnzviralata > 2 últimas faixas: "Estilo Etílico" e "Campo de Força" <

ABUJAMRA: a referência provocativa

Provocações: Um programa de idéias. Um encontro de cultos - à certeza, do entrevistado, e à incerteza, do entrevistador. "Um programa comandado pelo consagrado diretor teatral Antônio Abujamra. Misturando talk show com uma espécie de sarau literário, a atração faz reflexões sobre sociedade, educação, cultura, artes e comportamento, com convidados que vão de acadêmicos e artistas a trabalhadores comuns e moradores de rua."*(1) Exibido pela TV CULTURA nas noites de quarta feira (23h).
ABUJMRA: a referência provocativa... Atrevo-me a questionar o motivo pelo qual cito o protagonista do artigo como referência direta ao provocativo meio de expressão literário. Bom, a princípio pela perversidade contida no seu maleável jeito poético de insultar a retórica alheia em busca por admissão do contrário. Por tornar evidente a incerteza contraditória instaurada em nossas pretensões. Por propor a quebra da máscara, que sutilmente traz o estranhamento do ser à persona. Por ser intelectualmente insuportável e por deixar claro sua sábia anitpatia confrontante ao banal. Também por sua performática incorporação literária à dramaturgia, ponderando o relatvio assim como parte de um frágil senso comum. Pela provocação eminete dirigida ao ego. Pelo abraço diplomático e de amarelado tom pasteurizado em que padecem os minutos finais do programa, evidenciando o paradoxo entre o respeito e a ignorância de ambas as partes. Por destruir o que derruba conceitos e padrões. Por ser o teatro em si, ainda que assuma o ilusório fracasso. Pela irreverência de suas encenações e por seu corrosivo humor crítico em relação a tótens e tabus sociais. Por lembrar-nos que a vida dos outros consiste também em outros diversos, tanto como cenários e espaços possíveis. Pela óde à maldita dívida enquanto poeta. Pela encarnação do alter-ego e pela personificação de uma nacionalidade que oscila entre o comum e o anti-estagnado. Pela persona de fato.


*(1) Trecho escrtio por Silvia Ruiz, jornalista da revista Isto É em sua matéria: "Anônio Abujamra, Provocador Profissional"

MOTIVO DE FOFOCA


"Motivo de fofoca/ Na boca de quem não se toca/
Na falsa troca de idéia a diarréia do mal entendido no muro se choca/ Desloca papo reto/ Se enforca na besteira de dizer asneira procurando por afeto/ Sem fio o telefone suja nome de quem come o verbo na ganância por um próprio dialeto/
Nubla o teto/ Quando repleto de mentira você vira amigo do inimigo que sempre por perto/ Se faz de esperto/ Seduz o fraco com um saco de confete pinta o sete e fala pelas costa/ Tem hora que a surdes me faz cortês, é bem melhor do que ouvir a bosta/ Que nego fala batido/ Que nego fala e vem chegar ao meu ouvido/ Que nego fala e merecia então ser esquecido/ Que nego cala a boca quando a rouca voz te deixa a sós com seu delito/ Já sou perito no conflito de contradizer a inveja declamada/ Verdades em camada/ Cada calúnia fortalece meu conceito, o meu direito de não dizer nada/"

(Trecho da música: PELOS COTOVELOS - GNZ/Vortix/Rato(produções) - Teto Cinza, 2006)
> a música pode ser baixada gratuitamente no site: www.myspace.com/tetocinza <

FUNK É CONTRA-CULTURA??


"Contracultura é tudo que opõe aos valores dominantes da sociedade". Tomando esta HIPÓTESE como verdadeira, a resposta para a pergunta: "O Funk é Contra-Cultura?" na minha opinião seria negativa. Analisando... Os principais temas abordados pelo gênero musical em questão partem de pólos banalizados pelo atual sistema de compreensão e pela normalização de seus procederes ao parecer de uma sociedade pretenciosa rumo à modernização de seus valores. Temas como o sexo e violência são extremeamente comercias por se tratarem de temas que acompanham a humanidade desde o seu errôneo início, logo, o homem inserido na sua sociedade. Esses escolhidos como primordias temas abordados, são sentimentos contrários ainda que ambiguamente semelhantes. São quase que fatídicos e previsíveis no convívio do homem com sua própria espécie. Comercial. A dramatização sutilmente exagerada do cotidiano regido pelo atual "pão e circo" participa do marketing quase que global de consumo do caos eminente. Porém, em celebração. Há quem ainda tente a comparação ideológica/musical de movimentos como o Punk e Funk emergido das favelas do Rio de Janeiro. A retórica se faz verdadeira na minha opinião ainda que contestadora, seguida do pensamento de que o punk britânico assumiu-se como movimento com a ascendência do grupo Sex Pistols liderado pelo empresário Malcon Mclaren, que na época era propietário de uma boutique em Londres. A intenção era comercial. Hoje nos Estados Unidos o punk é vendido às grandes massas de adolescentes que resistem, ainda que de fachada, à grade indústria do gangsta rap. E como vimos anteriormente, os temas do "batidão" são os mesmos temas abordados no rap norte-americano que reina em seu monopólio. Ambos, agora no caso também envolvendo o movimento punk na estatística, são elementos de veiculação padronizada de valores assim como argumentações tendenciosas para a comercialização de estilos de vida. A saturação do clichê. A rádio-novela da margem. A necessidade primal de estarmos inseridos a um conjunto não mais unitário. A falência de nossa afirmação enquanto individualmente capaz de escolha.

"Contracultura é tudo que opõe aos valores DOMINANTES da sociedade". O comercial quando bem sucedido é totalitário, ainda porque todo comércio tem seu público alvo. Poderia dissertar sobre o funk, sendo que este se encontra inserido no contexto social que o suporta enquanto representante cultural de suas dependências. O cenário é ogueto. Assim como todo espaço munido de margens, se caratcteriza pelo fator comum/comunitário entre seus pertencentes. Sendo assim, não se fazendo exlcuso como "sociedade" ainda que regional. No caso a retórica se faria verdadeira enquanto contra-cultura se a matéria prima a ser trabalhada fosse de procedência contrária ao senso comum, podendo encontrar no afastamento do previsível uma semelhança participativa, em que possa ser reconhecida por membros da sociedade. Porém em corrente contrária segue o fluxo banalizado ainda que genuíno. Indústria ligada ao poder de controle de massas. Regime ditatorial de estilos. Comérico segregativo, ainda que transgressor da moral, como qualquer veiculação midiática de ideologia e comportamento.

Particularmente vejo que o conflito ideológico entre a contra-cultura e o mercado profissional permanecerá sempre como um incômodo paradoxal entre as mentes inquietas que sonham com a resistência à qualquer tipo de imposição.



Espero com esta publicação nada além de uma análise imparcial (mesmo que pessoal) da questão, adimitindo ainda o gosto pelo gênenro abordado.

quinta-feira, 23 de novembro de 2006

PIMENTÕES RECHEADOS



O mar não está para peixe. Evidência clara de que atravessamos um período fértil de descontentamento financeiro. Sim, nossos bolsos andam furados e o pouco que guardamos debaixo de nosso colchões é indevidamente tomado por instituições governamentais e pelos grandes senhores do atual engenho que nos vendem caro o privilégio de subsistência. O mercado está saturado de velhas idéias, e novas oportunidades ainda que pareçam impossíveis, vêm surgindo com o aumento de iniciativas privadas no intuito de romper a barreira mercantilista e as fronteiras do mundo moderno. Nos grande centros urbanos, o aproveitamento do tempo tem que se adequar à necessidade do esforço trabalhista assim como à intensidade de giro e de dependência seletiva dos setores interligados , o que nos priva de um horário cômodo até mesmo para mantermos nossas necessidades (como é o caso da alimentação). Vivemos em um período de pressa coletiva e da busca eterna pelo menor esforço. Sendo assim, ocorreu-me a idéia de ingressar-me no ramo de comércio alimentício. Pretendo portanto, arrecadar fundos para a implantação de uma nova rede de fast-food delivery que se consiste na dieta única e exclusiva de pimentões recheados. O projeto inicial seria de montar a matriz no centro de Belo Horizonte, onde os pimentões seriam fornecidos à baixo custo pelo CEASA, e manualmente recheados por nossas profissionais devidamente higienizadas. A carne moída seria importada da Argentina (ilegalmente) para manter o padrão de qualidade de nossos produtos além de reforçar a amistosa relação internacional de comérico com nossos vizinhos. O tempêro caseiro seria procendente de uma exploração materna, a princípio, pois todos sabemos que o que falta na alimentação rápida e corriqueira das grandes metrópoles é o tempêro caseiro feito com amor. Contrataríamos uma legião modesta de 3 motoboys que nos auxiliariam na parte de entregua. Nossos mediadores fiéis. Começaríamos no caso com o box executivo, que seria composto por dois pimentões verdes e recheados, coberto pelo saboroso e autêntico molho da casa. E para beber, suco de laranja lima com açúcar mascavo, nos tamanhos 200, 300, 500, 700, e 1200ml. A sobremesa ainda está sendo analizada por uma de nossas nutricionistas de plantão.

Conto com a colaboração dos caros amigos leitores na instauração do projeto...

PIRATARIA MUSICAL




É notável a preocupação atual por parte da indústria fonográfica com o modo de veiculação de seu produto de mercado. Isso se faz pelo baixo orçamento arrecadado com a venda do produto original, uma vez que a internet proporciona ao usuário um acesso rápido e gratuíto do material além do compromisso intrínseco de divulgação do trabalho por meios independentes à mídia gananciosa. A vasta disseminação do produto pirateado e de baixo custo cotribui ao agravante fato. Cópias ilegais ganham os centros urbanos na intenção de encurtar as barreiras entre o artista e o público (uma vez que para o artista a questão só é lucrativa quando este consegue vender seu espetáculo, limitando o propósito de venda de álbuns às grandes gravadoras) e gerar empregos ainda que não legitimados pelo poder legislativo (no caso, comerciantes não contribuintes)
Porém, é de se recoradar que a pirataria musical não é um privilégio dessa nova era de avanços tecnológicos em que vivemos agora. Ela se faz presente desde os tempos da velha fita cassete. Na época em que gravar coletâneas de seus artistas favoritos na intenção de presentear um amigo era tão inocente quanto nos é cômodo descartar a possibilidade de um consumo incabível às tais condições atuais de interatividade.
Como músico independente e compositor marginalizado pela indústria banalizada, não só defendo como faço uso dos meios midiáticos atuais e de todo seu processo virtual, para vincular o meu trabalho às ocupações de espaço e a independência comercial de todo esses sistema decrépito e falido na concepção de mercado atual. A hospedagem gratuita em sites com a intenção divulgativa do trabalho também pode propor ao público alvo o acesso direto com o artista além da possibilidade de donwload do trabalho sem se ter a necessidade de pagar pelo ato, o que na minha opinião é um modo justo e direto de interação entre os pólos.
Alegro-me ao perceber que é emergente esse tipo de proposta e cada vez mais a base está sendo fortificada, mas não mais para dar suporte ao topo reverenciado por poucos que insistem em deter o poder expressionista.

LINKS PARA FREE DOWNLOADS do meu trabalho realizado:
www.myspace.com/gnzviralata
www.myspace.com/pontapronta
www.myspace.com/tetocinza
www.myspace.com/projetocasab
www.myspace.com/planoalfa