ABUJMRA: a referência provocativa... Atrevo-me a questionar o motivo pelo qual cito o protagonista do artigo como referência direta ao provocativo meio de expressão literário. Bom, a princípio pela perversidade contida no seu maleável jeito poético de insultar a retórica alheia em busca por admissão do contrário. Por tornar evidente a incerteza contraditória instaurada em nossas pretensões. Por propor a quebra da máscara, que sutilmente traz o estranhamento do ser à persona. Por ser intelectualmente insuportável e por deixar claro sua sábia anitpatia confrontante ao banal. Também por sua performática incorporação literária à dramaturgia, ponderando o relatvio assim como parte de um frágil senso comum. Pela provocação eminete dirigida ao ego. Pelo abraço diplomático e de amarelado tom pasteurizado em que padecem os minutos finais do programa, evidenciando o paradoxo entre o respeito e a ignorância de ambas as partes. Por destruir o que derruba conceitos e padrões. Por ser o teatro em si, ainda que assuma o ilusório fracasso. Pela irreverência de suas encenações e por seu corrosivo humor crítico em relação a tótens e tabus sociais. Por lembrar-nos que a vida dos outros consiste também em outros diversos, tanto como cenários e espaços possíveis. Pela óde à maldita dívida enquanto poeta. Pela encarnação do alter-ego e pela personificação de uma nacionalidade que oscila entre o comum e o anti-estagnado. Pela persona de fato.
*(1) Trecho escrtio por Silvia Ruiz, jornalista da revista Isto É em sua matéria: "Anônio Abujamra, Provocador Profissional"
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