Ainda que o silêncio de uma imagem ou mesmo que a cegueira parcial de uma sonoridade sustente um lírico valor incondicional, faço da gramática um berço para a metamorfose constante de minha existência...
domingo, 26 de novembro de 2006
NADA
O que seria do tapa sem o rosto? De julho ou setembro se não existisse o agosto? O que seria do certo sem seu oposto? Do fraco sem seu encosto. Do traço do mundo sem antes esboço? O que seria da carne sem osso? Da massa cinzenta isenta de crânio e pescoço? O que seria da sede sem o fundo do poço?
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