segunda-feira, 15 de janeiro de 2007

NÁUFRAGO

Desci as estreitas escadas ainda bem tolo de sono. Pesavam-me até as minhas novas pijamas de seda, nada incomum para uma bucólica manhã de domingo. No relógio da sala, o ponteiro apressado agora despia-se da nona casa, tornando ainda mais árduo o meu despertar. Foram precisos alguns longos minutos até meu acesso à cozinha. Estava faminto. Parti o maduro mamão colhido do pé como se cerrasse um robusto tronco de cedro. E enquanto degustava tranquilo a suculenta papaya, ainda munido de pouco entendimento, aproximei dos floridos jardins. E ao passear meus recém abertos olhos por todo o vasto quintal, foi que deparei-me com tamanha esquizitisse. Havia um executivo afogado em minha piscina.

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