quarta-feira, 20 de dezembro de 2006

O DIA EM QUE PLÍNIO MATOU O NATAL

Há pouco mais de um mês completara a maioridade, ganhando do pai um rifle automático de elevado calibre. Tornara-se homem. De poucos amigos. O fato de ser único filho, e viver isolado em meio à um oceano de neve, o fez solitário. Porém, naquela mesma data, dezenas de pessoas o faria companhia. Calçou suas botas e atravessou a porta de casa, calado. Com rilfe pesando-lhe as costas. Caminhou duro até o centro comercial da cidade. Trêmulo ao adentrar-se. Foi quando seus olhos cruzaram as enbaçadas lentes do bom velho Noel. "Levanta pra morrer velho safado"- grita o precoce soldado do ódio. Nisso, os seguranças do shopping já o tinha em mira. "Anda, levanta!" - insiste o garoto armado, que impaciente, dispara contra o gorro vermelho do velho.

Nenhum comentário: