segunda-feira, 18 de dezembro de 2006

SONHO DE HOJE

Era dia. Impossível dizer o horário. Sobrevoávamos um largo rio de água límpida, até então. Eu e minha companheira Camila, apesar de que a voz do piloto era constante mesmo este não fisicamente presente. A aeronave era de certa forma muito incomum. Um colchonete. Estávamos deitados de bruços e um edredom cobría-nos até a metade das costas. Foi quando, por falha do navegador, não conseguimos alcançar a enorme estrutura de três pontes que se erguiam à nossa frente. Destino desejado, porém não me pergunte o motivo. Pousamos, ainda que leves, no leito do rio agora estreito e de água bem turva. Manobras eram feitas, em torno de nosso próprio eixo, na finalidade de suposta decolagem. Infeliz tentativa. Remamos à margem do rio que se transformara de súbito, em um estático lago marrom. Abandonamos o colchonete e seguimos à borda do lago. Nisso, eis que surge do nada um estranho. Este, tomado por uma fúria quase que controlada, parte pra cima de minha esposa, ainda dentro da água. Assustada me pede socorro. Mesmo com medo, uma vez que o agresor era o dobro de meu tamanho e tinha eu a consciêcia de quem meus ombros à qualquer movimento poderiam se deslocar, encarei. Tentei um golpe porém não o acertei. Chegando um poco mais perto da margem, consegui tomar o agressor em meus braços, o imobilizando pelo pescoço. Foi quando pedi auxílio à Camila, na intenção de que esta poderia golpeá-lo. Ela correu em nossa direção, descalçou suas botas e com as mesmas, disparou fortes golpes na cabeça do nosso inimigo. Foi quando o sol invade meu quarto e os pássaros começam a cantar sob minha janela.

Nenhum comentário: