Álbum: Maria Fumaça
Arista: Banda Black Rio
A banda:
-Oberdan Magalhães (sax soprano, sax alto, sax tenor)
-Lucio da Silva (trombone)
-J. Carlos Barroso (trumpete)
-Jamil Joanes (baixo)
-Claudio Stevenson (guitarra)
-Cristovão Bastos ( teclados)
-Luiz Carlos Santos (bateria e percussão)
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Como primeiro álbum a ser laçado pela banda carioca, Maria Fumaça teria como obrigação ser o cartão de visitas do grupo de jovens músicos predestinados a propagação da identidade black brasileira. O grupo fundamentou os princípios sonoros do samba-funk, materializando a essência negra universal em nosso quintal brasileiro. Lançado em 1977, um ano após a formação do conjuto, Maria Fumaça revolucionou o mercado fonográfico por seu conteúdo audacioso, pela sintonia direta entre o groove da black music nacional e o fraseado maldoso do jazz norte -americano, sem deixar de esbanjar brasilidade. O disco de 10 músicas, apresenta 4 versões regravadas pelo grupo além da faixa que assina o título (que viria aser um de seus primeiros clássicos. Entre as curiosas versões regravadas no álbum estão as faixas Na Baixa do Sapateiro (Ary Barroso) e Urubu Malandro (Louro e João de Barro) que merecem destaque. Maria Fumaça é um disco intenso, bastante energético e de uma virtuosidade sutil ainda que impetuosa.
01- Maria Fumaça
02- Na Baixa Do Sapateiro
03- Mr Funky Samba
04- Caminho Da Roça
05- Metalúrgica06- Baião
07- Casa Forte
08- Leblon Via Vaz Lobo
09- Urubu Malandro
10- Junia
Com a morte de um dos dos principais fundadores, Oberdan Magalhães, em 1980, a banda se dissolve, encerrando a carreira promissora do movimento. Em 1999 William, filho de Oberdan, recriou a Banda Black Rio, com razoável aceitação da crítica, na intenção de dar continuidade ao trabalho do pai. Hoje, quase trinta anos após o lançamento do álbum Maria Fumaça, ainda podemos ouvir suas composições como atuais obras no cenário musical. Ainda temos também a oportunidade de assistir os espetáculos da banda agora representada pelo filho de Oberdan.
Um enorme salve à toda a geração black tupiniquim, desde o seu potente surgimento à evolução gradativa de seus procederes. AXÉ!!!